“Pros-pe-ri-da-de!”

“Isso! A abundância é a mensageira da prosperidade. Quando a abundância chega em nossas vidas, ela não chega apenas para satisfazer os nossos desejos, mas, principalmente, para nos fazer desejar mais!”

“Mais?”

“Mais, muito mais! O desejo é o grande mensageiro. Parar de desejar é o mesmo que se calar.”

“Então eu devo desejar a abundância?”

“É claro que não!” Bruce se envergou, quase dando um karatê nela. “Não cometa esse erro! A gente acaba se transformando naquilo que tanto deseja. Veja-se na abundância, mas não se confunda com ela. A abundância não ouve, não fala, não vê e não sente nem a si mesma.”

“Então...”

“É a prosperidade que você tem que desejar! E jamais pare de conversar com ela, porque, quando nos calamos diante da prosperidade, ela se cala diante de nós, e, quando isso acontece, a abundância se transforma em desperdício, e o desperdício em escassez.”

Um silêncio se manifestou para que ela pudesse pensar a respeito.

“Reconheça o seu espírito jovem, ele não envelhece com o tempo.” Bruce voltou a falar, tendo novos insights. “Não ignore os seus talentos, jamais permita que a prosperidade se cale na sua vida. Onde a prosperidade não fala, a vitalidade envelhece, a saúde adoece, e a felicidade se entristece.”

Bruce então começou a chorar. Uma folha se desprendeu da árvore e caiu na frente dela.

“Por que você está chorando?”

“É muito triste ver a felicidade triste!”, ele disse, soluçando.

“Não fica assim, eu vou chorar também...”

“Promete que não vai mais ficar triste?”

“Prometo.”

“Promete mesmo?”

“Eu prometo!”

“Alguma folha caiu perto de você?”

“Sim.”

“Leia o que está escrito, eu também quero saber...”

Ela pegou a folha e leu:

“‘Você não precisa procurar pela prosperidade, ela já está em você. Não se trata de uma busca, mas de um encontro. Para a abundância chegar na sua vida, basta com a prosperidade você conversar.’”

Ela guardou a folha, preparando-se para descer.

“Não vai embora não”, ele pediu. “Vamos continuar conversando...”