A Cadela

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Um país que já teve nove moedas, sete constituições, inúmeros sonhos e projetos, não pode ser nada mais que um cemitério; um cemitério de estrelas ou um hospício bárbaro incomparável. A famosa operação lava-jato tinha desbancado grandes players da corrupção brasileira. Doleiros, tesoureiros, ministros, deputados, juízes, autoridades vigentes, presidentes de estatais... e até uma figura idolatrada: o ex-presidente da república. Quando Alvarenga percebeu que havia um vácuo na política, antes dominada pelo partido vermelho, que teve seu líder preso pela lava-jato, surgiu a ideia da presidência. Na verdade, essa ideia tinha surgido dois anos antes da prisão do Lobo, no impeachment da sua fantoche do cargo de “presidenta da ré pública”. Ninguém poderia dizer que ele era um patriota, pois não conhecia a história de seu próprio povo – e se conhecia, a ignorava completamente. Nem que era um conservador, pois havia alguns furos de que se relacionara com animais, como dizia rindo, e trocava de mulher como um brasileiro trocava de ânimo, a cada derrota na Copa do Mundo. Jailson Alvarenga não era nada – era apenas o que os brasileiros inventaram dele. Como se iludir o povo com privatizações, armamento, liberdade econômica e social, investimentos, crescimento e parceria com os EUA não fosse o suficiente, o presidente começou a fazer tudo que sempre dissera ser contra. Era vergonhosa a sua subserviência aos norte-americanos. Prestar continência à bandeira deles e, como chefe de uma nação, dizer “i love you president” para o cara da Casa Branca, era no mínimo broxante para o imbroxável. Quem podia dizer que fora das câmeras e na sala mais recôndita de Washington, ele não provasse o seu amor genuíno com um blowjob bem feito? Os nomeados ao governo eram aliados do partido contra o qual batalhara nas eleições. As políticas eram completamente em prol do sistema e dos políticos. Querendo repetir, quem sabe, os feitos do Lobo no Mensalão, tentou comprar o Congresso Nacional, mas abriu uma torneira de suborno de uma forma tão catastrófica que nem ele mesmo conseguia controlar. E em vez de comprar os parlamentares, ele acabou tornando-se refém do sistema, o maior covarde e traidor dos 500 anos, e a cadela do Presidente da Câmara e do chefe no Senado. O orçamento secreto transformou o “toma lá, dá cá” no vicioso “toma lá, toma lá”. Se antes o governo oferecia dinheiro em troca de votos, agora ele era obrigado a dar o dinheiro e não recebia apoio algum.

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