O objetivo central deste trabalho foi analisar como a camuflagem interfere no reconhecimento do TEA em mulheres e explorar as consequências dessa prática. A metodologia incluiu a seleção de uma revisão sistemática para análise posterior. Foram abordados aspectos como diferenças de sexos, faixa etária e os impactos na saúde mental.
Os resultados indicam que mulheres autistas frequentemente enfrentam desafios adicionais no acesso ao diagnóstico devido à habilidade de disfarçar seus traços autísticos. A camuflagem está associada a diagnósticos tardios, subestimação de sintomas e impactos negativos na saúde mental, incluindo maiores riscos de ansiedade, depressão e esgotamento emocional. A pesquisa também ressalta a necessidade de maior conscientização por parte de profissionais de saúde para reconhecer sinais mais sutis de autismo, especialmente em populações subdiagnosticadas.
Conclui-se que o fenômeno da camuflagem deve ser amplamente compreendido e levado em consideração no contexto clínico, a fim de promover diagnósticos mais precisos e oferecer suporte adequado às mulheres autistas. Ao sensibilizar profissionais e ampliar o conhecimento sobre o tema, é possível reduzir as barreiras enfrentadas por essa população no acesso a intervenções adequadas.
Palavras-chave: autismo; camuflagem; revisão sistemática
@biancapimentelpsi
Psicóloga pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB) e Neuropsicóloga em formação pelo Instituto de Pós-Graduação (IPOG).
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@marcioborgesmoreira
Doutor em Ciências do Comportamento pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Psicologia e Psicólogo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Professor da graduação e do mestrado em Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB). Diretor do Instituto Walden4. Co-autor do livro Princípios Básicos de Análise do Comportamento (Artmed) e de outros livros, capítulos e artigos científicos com temas relacionados à Análise do Comportamento.