Eduardo Diamenti (São Paulo, 1991) teve uma infância parecida com a de muitas crianças que conhecemos. No primeiro ano da escola, teve algumas dificuldades e não conseguia acompanhar o restante da classe. A falta de atenção na execução de tarefas não era tão evidente, mas a hiperatividade sempre foi motivo de brincadeiras. Com bom desempenho nas notas, os problemas na escola foram superados, embora a agitação continuasse a fazer parte de sua vida. Durante a infância, foi acompanhado por psicólogos e fonoaudiólogos, sobretudo para corrigir pequenos problemas de coordenação motora. Por alguns anos, tomou Tegretol®, uma das únicas opções para tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na época, quando medicamentos como Ritalina® e Concerta® não eram muito conhecidos no Brasil. Já adulto, decidiu buscar mais informações sobre o transtorno e percebeu que, como ele, muitas pessoas estavam interessadas no assunto. Uma parte delas buscava compreender o que acontecia com seus filhos, enquanto outros acreditavam apresentar os sintomas de TDAH.