Hoje, são eles que, ao lado dos artrópodes, dominam os ambientes terrestres, mas também podem ser encontrados no ar e na água. Caracterizam-se por alimentar suas crias com leite produzido pelas glândulas mamárias – daí o nome da classe – e apresentar, na grande maioria, o corpo coberto de pêlos. A temperatura de seus corpos é regulada internamente por um mecanismo cerebral e mantida constante. Além disso, destacam-se também pelo cuidado que têm com a prole, mais acentuado que em qualquer outra classe de animais. Em geral, adaptam-se bem em diferentes ambientes, sendo capazes de modificar o seu comportamento de acordo com as condições encontradas no meio. Alguns grupos, principalmente o dos primatas, podem chegar a formar sociedades muito complexas. Numerosa, a classe dos mamíferos comporta mais de 4.500 diferentes espécies, espalhadas por todos os continentes.
Quase metade desse número é composta de roedores e cerca de um quarto de quirópteros (morcegos). No caso do Brasil, são cerca de 520 espécies, divididas em 11 ordens, dez de animais placentários e uma de marsupiais. Estudar esses seres não é tarefa fácil, haja vista a grande diversidade de espécies, cada qual com suas características peculiares. Assim, neste Guia, mostramos alguns dos representantes brasileiros mais conhecidos, com uma ficha técnica completa do animal, além de matérias que explicam quem são eles, as principais diferenças entre essa classe e as demais, as espécies ameaçadas de extinção e, ainda, alguns dos principais mamíferos do mundo. Espero que apreciem esta quarta edição do Guia de Animais Brasileiros.