O autor descreve cenas de fome, insalubridade, desemprego e desespero, revelando um sistema social que marginaliza e sufoca os mais vulneráveis. Sua escrita, marcada pela empatia e indignação, transforma estatísticas em rostos humanos e histórias comoventes.
Além de retratar a manipulação física e moral causada pela pobreza, Londres denuncia a hipocrisia de uma sociedade que vangloria seu progresso enquanto permite a existência de abismos sociais tão profundos. O livro é uma crítica feroz ao capitalismo industrial e à indiferença das elites. Mais do que uma obra jornalística, O Povo do Abismo é um grito de alerta — e continua atual. Sua leitura provoca reflexões sobre desigualdade, dignidade e responsabilidade coletiva diante da injustiça social.