A família do prefeito é um microcosmo da complexidade da cidade. Gardênia, Tulipa e Kalanchoe, as filhas de Violeta, cada uma com sua personalidade marcante, se veem envolvidas em dramas pessoais e relacionamentos conturbados. Kalanchoe, em particular, guarda um passado turbulento com o delegado Alcatrão, um homem intrigante e obsessivo que parece esconder algo.
A trama se intensifica com a chegada de novos personagens e a revelação de segredos a de criaturas sobrenaturais.
O vento que ninguém mata Em 2007, enquanto muitos ao meu redor conseguiam emprego com facilidade, eu andava pelas ruas da Lapa, em São Paulo, entregando currículos e sonhando com uma oportunidade. Meus pés cansados, meus olhos esperançosos, meu coração firme. Vi conhecidos sendo contratados sem esforço, e eu, mesmo correndo atrás, ficava sempre para trás. Quando consegui um trabalho temporário num hipermercado, dei o meu melhor. Mas quando acabou, não fui efetivado. Doeu. Chorei calado. Mas naquele silêncio nasceu uma vontade: criar. Em 2008, comecei um curso de teatro no SESI Piratininga, em Osasco. No palco, conheci a liberdade. Em 2009 fui para a Escola de Artes de Osasco, onde, incentivado pela professora Talita, escrevi minha primeira peça: Teatro nas Quebradas do Sertão – Há Heróis para o Povo. Ali surgiu meu primeiro bordão, num improviso: “Eu sou o vento, e ninguém há de mim matar”. Nascia Venturio, o herói do vento. Mas eu queria mais.
Caminhando por Osasco, perto do Teatro Municipal, uma palavra tomou forma em minha mente: Eskabrum. Mistura de ideias, intuição e espiritualidade. Um herói divino. A ele se juntaria Baravos, nome com ecos do mundo de fantasia e coragem. Mais tarde viria Lolo Amado, homenagem ao mestre Jorge Amado. Também me inspirei em Dias Gomes, grande criador de nomes fortes e exóticos. Pétala nasceu da música do Djavan. Assim, a saga começou.
Em meio a perdas profundas — como a de minha avó e do meu amigo André Porto, estudante de Letras — continuei atuando. No palco da comédia, criei o inesquecível Nélio, sob direção do mestre Genival, o “Mestre GE”. A peça As Mulheres de Aristóteles me marcou