Ana, uma artista plástica cubana exilada no Brasil, revisita sua terra natal depois de dez anos e enfrenta sentimentos desencontrados com relação à situação política do país e suas relações familiares mal resolvidas. Por outro lado, vive um romance surpreendente que estremece seus pilares de segurança.
Tatiana, uma estudante brasileira militante de esquerda, realiza o sonho de conhecer Cuba e mergulha na cultura do país por meio do relacionamento com o malandro e sedutor Javier. Embrenhada no dia a dia da família do rapaz, Tati conhece as idiossincrasias da vida no socialismo e as contradições de um país que se abre ao turismo como um grande balneário, ao mesmo tempo em que tenta resistir como o último bastião dos ideais do Che Guevara.
Ao cruzar a ilha a bordo de um Moscovich azul, as personagens dessa jornada passarão por importantes descobertas pessoais. O perdão e uma profunda revisão de valores serão os motores de transformação e crescimento.
Enquanto lia, senti vontade de dar o livro para muito amigos, para muitos que saíram da ilha do jeito da Ana, que são tantos, e para outros que vivem do jeito do Maikel ou da Anelis. Boas histórias de família e de amor, deixam o gosto da paixão. Você consegue viajar com eles e se apaixonar com eles.
Mailin Milanés, cineasta cubana
Camila Nunes de Freitas, estreia na literatura com Moscovich Azul. Formada em Comunicação Social pela USP, estudou Cinema na EICTV em Cuba e atuou por dez anos como produtora cultural. É praticante do budismo Kadampa. Nascida em São Paulo, já residiu em Londres, Havana e Buenos Aires. Sua paixão por viajar e conhecer novas culturas é a inspiração para sua produção literária.