“Se Dostoiévski viveu lá na Sibéria e não se congelou (...) Por que eu, vivendo livre em Ipanema, nada produzi (...) É muito chato, gente. Me sinto um empecilho. Eu não plantei uma árvore. Não escrevi um livro, não tive um fi lho...”. Esse pequeno trecho da música “Dostoiévski”, de Wandi Doratiotto, traduz com precisão o sentimento de “fazer a diferença no mundo” que as pessoas desenvolvem ao longo da vida. Isso porque todos desejam criar, participar ou executar algo que transforme a rotina dos outros, que quebre paradigmas, que desafi e conceitos universais... Quando se tem fi lhos, ao “comandar” uma sala de aula ou, até mesmo, ao ter contato com sobrinhos ou primos, sempre queremos dar o exemplo. Mostrar as experiências vividas, os caminhos a ser seguidos, as escolhas mais certeiras e tudo o que facilitaria o processo de crescimento faz parte do sentimento de proteção que expressamos por aqueles de quem gostamos. Assim, principalmente com crianças menores, os adultos tendem a apontar o melhor caminho para a seleção dos amigos, para a formação da personalidade, para a adoção da postura correta perante os fatos e, também, para a utilização do dinheiro. Isso mesmo: nos tempos modernos, em que todos – inclusive os mais velhos – são, às vezes, acometidos pelo “bichinho” do consumismo, as crianças precisam saber lidar, desde muito cedo, com os valores monetários. Com relação a este assunto, mais uma vez, os adultos precisam dar o exemplo. Nesta edição, a Projetos Escolares, além de apresentar dinâmicas que comemoram os dias da Saúde, da Poesia e do Circo, traz um bate-papo interessantíssimo com Cássia D’Aquino, educadora que desenvolve um projeto pioneiro de educação fi nanceira em escolas de todo o Brasil. Numa descontraída conversa com a repórter Juliana Dondo, ela mostrou que tratar desse assunto, que pode ser considerado um “calcanhar de Aquiles” por certos adultos, deve ser algo consciente e natural. Isso porque elas precisarão usar o dinheiro para a compra da merenda, para saber quanto custa o brinquedo desejado, para aprender a diferenciar o “querer” e o “precisar”. Ao transmitir esses conceitos, você já fará uma contribuição enorme. Afi nal, os atos de escrever um livro, de plantar uma árvore ou de ter um fi lho são apenas emblemáticos. Basta que cada um de nós utilize estas mesmas fi losofi as para encontrar sentido na nossa existência. Boas idéias, sia D’Aquino, educadora que desenvolve um projeto pioneiro de educação fi nanceira em escolas de todo o Brasil. Numa descontraída conversa com a repórter Juliana Dondo, ela mostrou que tratar desse assunto, que pode ser considerado um “calcanhar de Aquiles” por certos adultos, deve ser algo consciente e natural. Isso porque elas precisarão usar o dinheiro para a compra da merenda, para saber quanto custa o brinquedo desejado, para aprender a diferenciar o “querer” e o “precisar”. Ao transmitir esses conceitos, você já fará uma contribuição enorme. Afi nal, os atos de escrever um livro, de plantar uma árvore ou de ter um fi lho são apenas emblemáticos. Basta que cada um de nós utilize estas mesmas fi losofi as para encontrar sentido na nossa existência.