O conteúdo do Atthaka muitas vezes se contrapõe ao que se encontra em outros volumes da literatura canônica budista. A sua extrema antiguidade é atestada, além de outras provas, pelo fato dele ser mencionado em outras partes do Cânone. As incongruências e as contradições verificadas entre os diversos ensinamentos budistas, quando se comparam outros textos em páli com o Atthaka, só podem ser explicadas admitindo-se que os demais registros tenham sido escritos em época consideravelmente posterior a este.
Segundo Thanissaro Bhikkhu, monge budista e um dos principais tradutores do Atthaka para a língua inglesa, os versos do Atthaka tratam do tema do não apego. Nele, todos os quatro tipos de apego são tratados: o apego aos prazeres dos sentidos, o apego às ideias, o apego aos preceitos e rituais e o apego às teorias acerca de um eu. Os versos descrevem o que constitui a natureza do apego em cada caso em particular, as desvantagens do apego, as vantagens em abandonar o apego e os sutis paradoxos com respeito ao que significa o não apego.
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Nesta tradução da versão inglesa clássica do Sacred Books of the East (dentre outras fontes), Rafael Arrais se vale da sua experiência com as traduções de outros textos sagrados (como o Dhammapada, o Bhagavad Gita e o Tao Te Ching de Lao Tse) para nos trazer uma versão moderna, profunda e acessível da antiga sabedoria do Buda.
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Número de páginas
Equivalente a aproximadamente 85 págs. de um livro impresso (tamanho A5).
Sumário (com índice ativo)
- Prefácio
- Sobre a tradução
- Atthaka Vagga (com os 16 poemas)
- Notas
- Epílogo 1: O reino de Asoka
- Epílogo 2: O Buda que Ri
Rafael Arrais é poeta, escritor, tradutor e editor. Há mais de uma década vem se dedicando à tradução de grandes autores da nossa história, tendo publicado diversos clássicos da literatura, filosofia e espiritualidade pelas Edições Textos para Reflexão.