A dupla face do baralho: Confissões do comissário Félix Gurgel

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Em A dupla face do baralho, à beira de uma calçada em Santo Antônio do Salgueiro, o comissário aposentado Félix Gurgel, na mesma velocidade do balanço de sua cadeira, devaneia lembranças de seus dias, confessando a si mesmo o desamparado de sua própria história e assim se conta. Nos conta. Raimundo Carrero, em um cartografar subjetivo e ao avesso, se finca na experiência do ser, em um mergulho no interior humano, desnudando-o e o colocando à disposição e sem qualquer julgamento, para que ao leitor seja dado um lacerar-se por conta própria. Nesta novela, além de transduzir o real e o fantasioso à mesma dúvida, pontua como em grandes obras universais, experiências de dualidades do ser – o próprio título já provoca isso –, faces que não se negam, mas se somam. Muitos dos personagens, mergulham na possibilidade de serem o seu antônimo (ou além dele) e em inconsciência seguem seu caminho, sem bênção ou licença, marcados por uma desesperança perene, mas sempre viventes a não desistirem do próprio abismo. Assim Carrero mergulha na alma humana, e de seu interior a expõe, desfolhando-a camada à camada e de forma crua e objetiva, alicerça subjetivações, para que naquela vivência nos coloque, quando não, minimamente nos provoque um esbarrar de ali ser/de ali não ser, mas por vontade ou por tropeço, estamos!, em uma, duas, ou sabe-se lá quantas faces. Basta o aceite dessa viagem sem volta. E por aqui paro, já que como diz Félix Gurgel à sua calçada – “é preciso desconfiar de conversas longas demais”.

[Maílson Furtado]

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About the author

Raimundo Carrero nasceu em dezembro de 1947 na cidade de Salgueiro, sertão de Pernambuco, e é um dos autores mais premiados do Brasil. Conquistou os prêmios Jabuti em 2000; Prêmio São Paulo em 2010; o prêmio APCA em 1995 e 2015; o Machado de Assis em 1995 e 2010; Prêmio Revelação do ano, em 1997, da Secretaria Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul; prêmio José Condé em 1984; e prêmio Lucilo Varejão em 1986.Tem obras traduzidas na França (Bernarda Soledade e Sombra severa), na Romênia (Bernarda Soledade, Sombra severa e Minha alma é irmã de Deus), no Uruguai (Minha alma é irmã de Deus) e na Bulgária (Bernarda Soledade).Sua obra foi objeto de dois doutorados — Raimundo Carrero e a estética do redemunho, de Cristhiane Amorim, pela UFRJ; e Raimundo Carrero e a pulsação narrativa, de Priscila Medeiros Varjal, pela UFPE — e de três mestrados — Somos pedras na angústia, de Auríbio Farias; Raimundo Carrero e a banalização da violência, de Elcy Cruz; e A vingança da culpa, de Maria dos Santos, todos pela UFPE. Publicou, entre outros, Somos pedras que se consomem (Grande Prêmio da Crítica – APCA, 1996 e Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional, 1996); As sóbrias ruínas da alma (Prêmio Jabuti, 2000); Sombra severa, 2001; Ao redor do escorpião... uma tarântula?, 2003; O delicado abismo da loucura, 2005; O amor não tem bons sentimentos, 2007; A Preparação do Escritor, 2009; Romance do bordado e da pantera negra, 2014; Colégio de Freiras, 2020 e Estão matando os meninos, 2020.

Thiago Medeiros é pernambucano de Caruaru. Escritor, poeta, ensaísta, cronista, compositor e agitador cultural. Idealizador do Encontro Literário Letras Em Barro. Ministrante de oficinas literárias. Publicou o livro de contos “Claro É O Mundo À Minha Volta”, Editora Patuá. Lançou em 2020 a coletânea de poemas “Cidade Finada”, Editora Telucazu. Organizou a antologia Nós Que Aqui Estamos – Nordeste, pela editora caruaruense Arrelique. Lançou, no final de 2021, “Sou a Pronúncia do Teu Nome”, pela Editora Urutau. Colunista e colaborador da Carnavalhame, na qual manteve a coluna semanal “Vista do Apartamento 101”. Escreve para não esquecer de si mesmo.

A OIA editora nasceu da necessidade de promover livros de coletâneas, antologias, romances, contos, poesias, crônicas, biografias, relatos e livros acadêmicos, além de jornais, fanzines e revistas de arte literária que abracem talentos da literatura brasileira, com textos escritos em português-brasileiro e personagens localizados no Brasil, radicalizando na promoção das nossas culturas, falares, cantares, identidades, crenças, valores e vícios, desde que nossos, e não, importados e aplicados em solo brasileiro como verdade absoluta ou por puro modismo, plágio ou pior, por nosso tão famigerado viralatismo.

Se lutamos por um nacionalismo literário ao publicar apenas autores brasileiros e estórias localizadas no Brasil? Com certeza!

Democratizar e divulgar nossa escrita para outros países, ensinando leitores(as) brasileiros a lerem literatura nacional contemporânea ou de outras épocas, com extremado foco na qualidade literária, incluindo o compromisso dos autores e autoras com o ofício da escrita, são nossas bandeiras.

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