Descoberto por pesquisadores na Ásia Central, por volta do ano 850 a.C., durante a Idade Média, esta tipo de bordado se espalhou rapidamente pela Europa, Estados Unidos e Inglaterra, mas, naquela época, o ponto cruz era feito somente pelas mulheres, sendo a única escola para aprender as letras do alfabeto, motivos florais, casas e brasões de família. Ainda muito rudimentar, os bordados eram encomendados pelos senhores feudais, que queriam peças parecidas como as trazidas pelos soldados das Cruzadas. Mas foi no Renascimento que o ponto cruz realmente se propagou e tomou a forma que conhecemos atualmente. Os monogramas que utilizamos hoje em dia, para decorar as peças do enxoval, eram anteriormente passados de mãe para filha, para sua alfabetização. Com o crescimento do Catolicismo, o ponto cruz ganhou caráter mais decorativo e passou a ser usado para adornar as igrejas. No século XVI, era executado com fios de seda ou de lã, bordados sobre o linho. Desta mesma época, datam também os primeiros gráficos impressos na Alemanha e na Itália, para serem vendidos e, posteriormente, bordados. Devido à expansão e à grande aceitação desta técnica, o pronto cruz se transformou em grande “hobby” entre todas as mulheres. Com a colonização e o crescimento mercadológico, novas cores surgiram, valorizando ainda mais os trabalhos. Hoje em dia, feito em peças de cânhamo ou étamine, este tipo de bordado é considerado como elemento de muita beleza na decoração e até mesmo como fonte de renda para diversas famílias de todo o mundo.