Ao morrer, em 1871, aos 24 anos de idade, Antônio de Castro Alves tinha publicado apenas um livro, Espumas flutuantes. Os Hinos do Equador, Gonzaga ou A Revolução de Minas, Os Escravos e A cachoeira de Paulo Afonso, que completam sua obra poética, são publicações póstumas. Nascido na fazenda Cabeceiras, perto de Curralinho (hoje cidade de Castro Alves), a 14 de março de 1847. Já na adolescência, o autor revelava uma excepcional vocação poética. Como estudante na Faculdade de Direito de Recife, instituição em que ingressou em 1864, começou a projetar-se como uma das expressões mais altas, ousadas e originais do nosso Romantismo, a partir de sua extraordinária magia verbal e seu fulgor metafórico e imagístico. Em sua poesia, a efusão lírica do poeta sensual voltado para a celebração das mulheres e das paisagens é comparável ao seu astro político e oratório.