Fenomenologia de Hegel
Mai 2024 · A Coleção das Primeiras Obras de Martin Heidegger Buch 22 · Minerva Heritage Press
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Uma nova tradução de da obra inicial de Martin Heidegger "A Fenomenologia de Hegel" (original alemão "Hegels Phenomenologie"), publicada originalmente em 1923. Esta edição contém um novo posfácio do tradutor, uma cronologia da vida e obra de Heidegger, um índice filosófico dos principais conceitos heideggerianos e um guia de terminologia para os existencialistas dos séculos XIX e XX. Esta tradução foi concebida para facilitar a leitura e a acessibilidade à filosofia enigmática e densa de Heidegger. Os termos filosóficos complexos e específicos são traduzidos o mais literalmente possível e as notas de rodapé académicas foram retiradas para garantir uma leitura fácil. A conferência "A Fenomenologia do Espírito de Hegel" foi proferida durante duas horas no semestre de inverno de 1930/31 em Friburgo, uma peça numa linha de vida de envolvimento com as obras de Hegel. Heidegger analisa o papel da Fenomenologia do Espírito como a primeira parte do "sistema da ciência" de Hegel, sublinhando o seu estatuto fundamental em relação a todo o sistema. Questiona a intrincada relação entre os conceitos de consciência, autoconsciência e razão, e a forma como interagem no processo dialético de Hegel. A discussão de Heidegger também aborda a natureza do conhecimento absoluto em oposição ao conhecimento relativo, destacando a conceção de Hegel do conhecimento não como uma mera acumulação quantitativa, mas como uma transformação qualitativa. A análise de Heidegger da obra de Hegel é caracterizada por uma consideração aprofundada dos termos "absoluto" e "relativo", tal como se aplicam ao conhecimento, e das suas implicações para a ideia de espírito ou "mente". O autor traça o método dialético de Hegel, explorando o modo como a consciência evolui através de fases de experiência para atingir uma forma de auto-conhecimento e, em última análise, um conhecimento absoluto. Este desenvolvimento é visto como central para o empreendimento filosófico de Hegel, e a Fenomenologia do Espírito é vista não como uma obra isolada mas como uma componente essencial do sistema filosófico abrangente de Hegel. Heidegger posiciona assim a Fenomenologia de Hegel como um passo crucial no auto-desenvolvimento da mente, conduzindo à realização última do conhecimento absoluto. Esta interpretação sublinha a perspetiva de Heidegger sobre a metodologia e as ambições filosóficas de Hegel, particularmente em relação aos conceitos de experiência, consciência e a natureza do próprio conhecimento.
Autoren-Profil
Martin Heidegger (1889-1976) foi um filósofo alemão e uma figura central na filosofia do século XX, especialmente na fenomenologia e na ontologia. Sua obra principal, Ser e Tempo (Sein und Zeit), explora o conceito de "Dasein" ou "ser-aí", uma análise existencial da condição humana focada em nossa relação com o tempo e a mortalidade. Heidegger propôs que o ser humano existe de maneira inseparável do mundo que o rodeia, uma ideia que descreveu como "ser-no-mundo". Essa concepção desafia a visão tradicional da filosofia ocidental e reconfigura a forma de pensar sobre o ser e a existência. Apesar das controvérsias políticas que envolveram sua adesão temporária ao Partido Nazista, a influência de Heidegger foi profunda e duradoura, impactando campos como a psicologia, a literatura, a teoria crítica e a teologia. Suas reflexões sobre a tecnologia e sua crítica ao pensamento técnico ainda ressoam em debates contemporâneos sobre modernidade e alienação.
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